Logotipo Roberta Ferec

Oi, prazer, eu sou a Roberta.

Eu sou escritora, palestrante e acadêmica de Psicologia, mãe do Noah, da Luna e do Gael e casada com François, que é decididamente o francês mais brasileiro que já existiu.

Nos últimos 13 anos, nós vivemos em sete países, espalhados em 4 continentes – e isso me deu  a chance e o privilégio de viver a maternidade de tudo o que é tipo de jeito. Em tudo que é tipo de língua. Mas também me trouxe o peso da solidão e da falta de apoio – o que, olhando pra trás, não deixou de ser uma baita lição de humildade e força.

(Eu falo isso agora, quando eu estava no olho do furacão eu queria era deitar em posição fetal e chorar as pitangas todas.)

Os meus estudos, somados à minha própria experiência como mãe expatriada, me renderam reflexões em livros e cursos, que alcançaram e alcançam milhares de mulheres.

E, sabe. Eu dou muito valor a cada uma dessas conquistas. Porque durante muito tempo, eu não me vi merecedora de nenhuma delas.

Eu vivia encolhida, não querendo incomodar – e isso já vinha de muito antes de ser mãe.

Até que um dia, cansada de me apequenar, eu parei de caber em mim.

Não foi um processo nada simples. Porque se permitir expandir, apesar de incrível, é também um processo doloroso pacas. Mais do que isso: é um processo de renúncia.

Isso mesmo. Crescer é, também, renunciar.

Renunciar ao “dar conta de tudo” (ai, a gastura que me dá essa expressão).

Renunciar à ilusão dos pratos todos sempre equilibrados e intactos.

 Renunciar a esse lugar de ser sempre a pessoa favorita, a onipresente, a multitarefas, o alecrim dourado da centralização de-todos-os-poderes-da-terra-amém.

Crescer exige que a gente permita que outras pessoas, também, ocupem espaços – e isso dói. Dói na gente e dói naqueles que se acostumaram com o nosso viver contido.

A maternidade me apresentou a um amor que eu até então desconhecia. E eu confesso que tive medo de me esparramar e acabar por dissolver esse amor tão concentrado e visceral.

Mas foi esse mesmo amor que me mostrou que é preciso crescer para deixar crescer.

Foi esse amor que me fez perceber que era preciso parar de querer abraçar o mundo  inteiro – para que eu finalmente conseguisse encontrar espaço pra mim no meu abraço.

Eu desejo a você uma vida espalhada, onde o receio de incomodar seja substituído por uma curiosidade voraz, quase imparável. Te desejo hobbies, livros, cuidado, caminhos.

Desejo que dance, escreva, recomece. Que fotografe uma flor que só você viu, em um caminho que só você percorreu.

Que se esparrame e ocupe espaços extraordinários – fora e dentro de si.

 Espero que meus textos e cursos possam te inspirar nesses processos.

Seja muito bem-vinda.

#leveza

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